Há algumas semanas conversei com uma amiga triste por ter perdido mais um amor.
Aquele velho problema pelo qual nós todos já passamos, das freqüências desalinhadas, dos corações que não batem no mesmo compasso e dos corpos na cama em lados opostos.
Eu sou irritantemente otimista. Normalmente enxergo o lado positivo de um momento indesejado, muitas vezes desrespeitando o sofrimento alheio, que muitos dizem ser um processo necessário. Eu discordo. Na verdade, o sofrimento pode ser vivido, mas eu não acho saudável praticá-lo em primeiro plano... Não com tanta coisa nova (boa ou ruim) para viver. Pasargadismo é para quem não tem tesão de amor.
O que quero dizer aqui é que eu fiz questão de lembrar minha amiga que um fim de relacionamento (e aqui não importam os motivos) sempre traz a deliciosa possibilidade de viver novas histórias de amor e paixão e todos os outros sentimentos que vêm de brinde. E ter boas histórias para contar e lembrar é um dos melhores sustentos para a alma..
...Sempre que um amor se vai, amadurecemos um tanto, e nosso coração não fica mais duro ou frio, mas sim conscientes dos erros a todas as relações, o que pode nos fazer corajosos para amar ainda mais, sem medos ou culpas. Com o coração marcado, sabemos quais são as armadilhas, o que não quer dizer que deixaremos de cair nelas (até porque armadilha é apenas uma conseqüência de prazeres). Mas tudo passa, e quando passa, novas oportunidades e novos sorrisos nascem. Ninguém morre de amor.
O fim, na verdade, é um novo começo para flertar sem culpa, trocar sorrisos e indiretas descompromissadas. E isso pode acontecer com o seu vizinho ou com seu pior inimigo, e tudo ao mesmo tempo. O negócio é permitir-se viver...
...Viver e ser feliz, estar bem consigo mesmo...sem culpas, sem apego...até o momento em que tudo se instabilizar e você estiver pronta para recomeçar.
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